JÚPITER EM VIRGEM – 11 DE AGOSTO 2015 A 9 DE SETEMBRO 2016

A 11 de Agosto de 2015, Júpiter entra em Virgem. Provavelmente, este é o ingresso mais significativo deste astro nos últimos 2000 anos. Mas porquê e o que significa? Quais as implicações em termos individuais e coletivos?

O planeta Júpiter percorre o zodíaco em doze anos, transitando durante um ano em cada signo. E, portanto, a mudança de signo é um evento bastante habitual e pouco significativo no contexto de décadas.

Contudo, vários fatores tornam este ingresso particularmente simbólico e a mais importante transição do mitológico Deus  do Olimpo nos últimos séculos merecendo, por isso, a nossa atenção.

Zeus

Eis as razões:

1. Verifica-se no Signo de Virgem, que é o máximo exílio (prisão) do planeta da Liberdade – Júpiter.

2. Ocorre em simultâneo com a quadratura a Saturno, fase típica de crises (mudanças) sociais, políticas e económicas, como é evidente pela recente crise política europeia.

3. Por acréscimo, corresponde também ao princípio dos últimos 5 anos de um grande ciclo de 240 anos dominado pelo Elemento Terra (conjunções dos planetas sociais neste Elemento). Podemos dizer, por isso, que marca a despedida um grande ciclo orientado por um paradigma material.

4. No dia do ingresso verifica-se uma simultaneidade astrológica muito interessante, colocando em evidência os diversos conflitos da humanidade neste momento:

Jupiter_Ingresso_Virgem

-Júpiter contra Saturno (Socialismo vs. Austeridade);

-Mercúrio em Virgem contra Neptuno em Peixes (Ciência vs. Religião);

-Lua contra Plutão (Democracia vs. Terrorismo e também Mãe/ Gaia vs. Destruição ecológica);

A posição dos luminares também reforça a importância esotérica deste ciclo:

-Sol em Leão, seu domicílio, no grau 19, número do Sol (a força do Espírito);

-Lua em Caranguejo/ Câncer, seu domicílio, conjunta à estrela Sírius, da defesa e proteção (a Mãe natureza e os animais).

Neste ingresso temos dois astros praticamente estacionários – Vénus e Saturno – bem como quatro astros Domiciliados – Sol, Lua, Mercúrio e Neptuno – e um astro exilado: Júpiter.

5. Ao entrar no novo signo, Júpiter forma imediatamente conjunção com a estrela real Régulus. A conjunção neste signo –  Virgem – ocorre pela primeira vez desde que Régulus aí entrou (em 2012) o que marcou, por sua vez, o início de uma nova era de 2150 anos da humanidade. Este último é o argumento mais importante para a relevância deste ingresso. Tanto Régulus como Júpiter são arquétipos de realeza num signo do seu oposto: o serviço.

regulusdiagram

Assim, temos uma série de sincronicidades que legitimam a importância deste ingresso de Júpiter em Virgem, como símbolo representativo dos desafios dos próximos 5 anos em termos sociais e políticos.

As Propostas Concretas

Do ponto de vista genérico, todos os trânsitos de Júpiter em Virgem trazem propostas de prevalência: da razão sobre a opinião; da ciência sobre a fé; das regras sobre a liberdade; da saúde sobre o excesso; da tecnologia sobre a filosofia; da disciplina sobre a tolerância; da humildade sobre a extravagância.

E, portanto, todas as pessoas e instituições que estiverem sintonizadas com estes princípios poderão aproveitar da melhor forma este ciclo.

Virgo

Por exemplo, criando mais automatismos informáticos no seu trabalho; cuidando melhor da sua saúde e da sua alimentação; sendo mais ponderados nas suas decisões; sendo mais dedicados aos outros; e sendo mais pragmáticos no seu dia-a-dia. Em linguagem comum, podemos dizer que é um ciclo terra-a-terra.

Na prática e pela positiva será, por isso, uma época favorável a desenvolvimentos nas áreas científicas, tecnológicas, informáticas, alimentares e da saúde. Em termos políticos, favorece mais correntes de direita do que de esquerda.

Em termos individuais, pessoas sintonizadas com o Signo de Virgem (por ser seu Ascendente, Signo Solar ou Lunar, por exemplo) estarão obviamente mais alinhadas com esta proposta expansiva que o planeta Júpiter sempre representa.

O Significado Mundial

Porém, atendendo a que este ingresso de Agosto de 2015 é tão especial do ponto de vista simbólico, muito mais se pode especular sobre a sua real importância em termos mundiais.

Em concreto, o trânsito de Júpiter ativa o propósito da Era de Régulus em Virgem (que dura de 2012 a 4172) já iniciada com eventos como: a Primavera Árabe; a queda de bancos; a eleição do Papa Francisco (e resignação de Bento XVI); a crise das dívidas soberanas; as revoltas populares e democráticas.

Neste grande ciclo já comentado em artigos anteriores, é proposto que os seres em condição menor (escravos do sistema) saibam assumir responsabilidades de liderança da sua vida, assumindo participação democrática, sob pena de ficarem ainda mais oprimidos (exemplo: recente situação da Grécia).

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 É proposto também que os “ricos” da sociedade sejam merecedores dos seus privilégios através de uma liderança humilde e de real serviço público, sob pena de perderam regalias vitalícias e de ficarem “pobres” (exemplo: Ricardo Salgado, ex-dono do BES).

Portanto, em geral, a proposta de Júpiter – natural regente dos valores éticos, religiosos e morais – é de uma mudança profunda de paradigma político, espiritual e cívico, em torno de menos egoísmo (Leão) e mais cooperação organizada (Virgem).

Naturalmente, esta alteração deve ser enquadrada em contextos maiores, para além da transição de Régulus, como o eclipse recente de Março, ou o trânsito de Saturno em Sagitário.

Mas por todas as razões descritas, não parece que seja um ciclo necessariamente fácil. Em especial, porque o astro da ilusão e da fé – Júpiter – entra num signo de realismo, podendo trazer um sentimento de quebra financeira (Júpiter governa também a especulação) e de alguma opressão social que impulsionará movimentos democráticos.

Sem dúvida, será uma proposta muito profunda de alteração de consciências e, nesse sentido, altamente desejável.

Boa sorte!

João Medeiros

Lisboa, 15 Junho 2015

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