Marcelo Rebelo Sousa tomou posse como Presidente da República Portuguesa num dia de eclipse, a 9 de Março de 2016. Neste artigo, interpretamos à luz da Astrologia qual o ciclo que se abre com esta nova presidência e qual será seu estilo.

(NOTA: esta é a versão corrigida do artigo após contacto com a astróloga Maria José Costa Félix que sublinhou que a hora que MRS lhe forneceu pessoalmente foram as 12h e não as 21h, como nos tinham comunicado por fonte secundária)

Como referido em artigos anteriores, 2016 é um ano do Sol (particularmente, a partir de 21 de Março e durante os 12 meses seguintes). Nas últimas décadas, os anos do Sol têm sido sempre associados a inícios de mandatos de políticos bastante carismáticos. Atendendo a que Marcelo nasceu num dia do Sol, destacado no seu mapa de nascimento, será plausível que o seu mandato corresponda a uma fase de bastante esperança, mais optimismo e popularidade. Mas vejamos em mais detalhe.

O Número do Sol: 19

A primeira curiosidade digna de nota é que para além de iniciar mandato num ano do Sol e de ter nascido num dia do Sol (domingo), Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse num dia de eclipse do Sol no 19º grau de Peixes (signo associado a Portugal) e é o 19º Presidente da República (Bernardino Machado foi presidente por duas vezes não sucessivas e, por vezes, é contado duas vezes).

19Presidente

O número 19 é um número místico de grande importância (pessoalmente, é o meu preferido) porque corresponde ao ciclo metónico do Sol – número de anos até perfazer uma Lua Nova no mesmo grau do Zodíaco – e é um número hexagonal centrado que representa o próprio sistema astrológico tradicional: 7 astros + 12 signos. Por isso mesmo, o Sol é a carta 19 do Tarot.

19_bolas

sun_tarot

Por ser um número solar, o 19 simboliza a consciência, a liderança e a alegria o que é um bom indicador para esta nova presidência.

A confirmação desta liderança unificadora foi o primeiro ato simbólico de Marcelo, no dia da posse, ao reunir 18 confissões religiosas diferentes na mesquita de Lisboa. O próprio Marcelo representa o fator centralizador – o elemento 19 – como cabe a um papel solar.

Marcelo_Religioes

O Mapa de Marcelo

Marcelo Rebelo de Sousa nasceu no dia 12 de Dezembro de 1948 em Lisboa. Segundo a indicação pessoal que deu à astróloga Maria José Costa Félix terá nascido perto das 12h (e não as 21h como nos foi comunicado inicialmente por fonte secundária).

MARCELO-REBELO-SOUSA

No seu mapa de nascimento destaca-se a energia do Sol em Sagitário conjunto a Mercúrio, na casa 10. Estes fatores assinalam uma tendência otimista, divertida, comunicativa e energética. O professor é conhecido pela sua imensa energia e boa disposição.

Porém, também representam a sua faceta traquina, jovem e menos constante que poderemos designar simplesmente como espírito criativo. Será natural, por isso, que valorize bastante a cultura no seu mandato, como procurava fazer enquanto comentador. Adoptará certamente um estilo menos convencional e mais livre de protocolos.

A posição de Mercúrio no coração do Sol (chamada posição cazimi) é comum em bons oradores ou pessoas com grande capacidade intelectual. O grau do seu Sol é o 21º de Sagitário associado ao professor sábio.

21º FOGUEIRA

Ambos os astros estão na Casa 10 do poder público, carreira e expressão social. É, portanto, natural que o professor seja já uma personalidade pública desde muito cedo com uma enorme popularidade, sabendo que estava talhado para exercer cargos de grande visibilidade.

O Ascendente estará no início de Peixes (embora num grau limite) o que é adequado para uma pessoa com capacidade para criar muita empatia, com valores cristãos e sociais, e uma certa dificuldade em tomar decisões que desagradem aos outros. É um signo de água, associado aos “Afetos”, um dos lemas da sua campanha e presidência.

A Lua está em Touro, sua exaltação máxima e na Casa dos talentos e gestão financeira. Uma vez que esta faz um grande trígono de Terra será natural que privilegie também a segurança económica e a estabilidade política na sua magistratura.

A Lua está bem aspetada, apontando para uma atitude mais conservadora e poupada na gestão dos seus dinheiros, o que também ficou patente na sua campanha eleitoral simples. Do ponto de vista presidencial, poderá apelar também a uma gestão mais económica dos gastos do seu gabinete, promovendo o mesmo em outros órgãos políticos.

A posição de Saturno em Virgem na Casa 7, dos relacionamentos, estará relacionado com um sentido de serviço ao próximo mas também a alguma dificuldade em ter assumido o fim de um casamento católico ou de assumir publicamente uma relação. Esta posição também corresponderá à sua faceta hipocondríaca.

Marte e Júpiter estão em Capricórnio na Casa 11 dos grupos, amigos e associações o que corresponderá à sua forte ligação ao PSD e sua fundação mesmo que com fases de descrença mútuas.

Por fim, enquanto astro principal, Vénus em Escorpião quase sem aspetos, na Casa 9, assinala um lado mais intenso e fechado na demonstração pública do seu amor conjugal. Esta posição é comum em pessoas com valores religiosos fortes e em pessoas que adoram viajar.

Um dos trânsitos mais exigentes que Marcelo terá nos próximos tempos será a estação de Saturno conjunto ao seu Sol de Agosto de 2017 até ao fim desse ano, que poderá corresponder a um período de mais cansaço ou decisões de maior responsabilidade. Como Saturno natal está bem colocado será natural que consiga gerir bem esses deveres.

Mais considerações seriam interessantes com base no seu mapa natal. Todavia, como a hora de nascimento requer retificação e maior fiabilidade na sua fonte deixamos esse exercício para mais tarde.

O Mapa da Tomada de Posse: Eclipse do Sol

 Para a interpretação da Presidência em si, podemos analisar brevemente o mapa da tomada de posse de Marcelo. Para este evento, à partida, o juramento e assinatura serão as horas mais relevantes. Marcelo jurou a Constituição ás 10h11 e assinou ás 10h14. Ambos os mapas têm Ascendente Gémeos, no início desse signo.

Tomada_posse_Marcelo

Recordamos que nos últimos 40 anos as tomadas de posse presidenciais acontecerem sempre no dia 9 de Março, com o Sol em Peixes, o que é adequado para um cargo que requer pluralidade política e representatividade social.

Por isso, neste mapa, será mais relevante interpretar os aspetos e posições dos astros sociais.

O planeta dominante, por governar os vários astros em Peixes e Sagitário, é Júpiter em Virgem na Casa 5 e oposto ao Sol. Esta posição sugere novamente o caráter jovem mas franciscano da presidência, com tendência para recuperar elementos do passado e da História. Curiosamente, uma das pessoas que cantou na cerimónia de abertura foi Paulo de Carvalho, cuja canção foi mote da Revolução democrática de 1974.

Igualmente, esta posição sublinha uma faceta jovem, desportiva, saudável procurando as artes e a cultura. O facto de Júpiter estar em exílio sugere um estilo muito diferente e único, ainda que nem sempre compreendido.

O Sol eclipsado pela Lua na Casa 11 (embora já a desfazer) apontam para uma liderança em que o povo (Lua) é favorecido em relação aos “nobres”, ou seja, pessoas importantes. Esta casa benéfica está associada a eventos sociais, festividades grupais e espírito de comunidade, que poderá ser também um dos seus motes.

Contudo, o mapa é bastante tenso pela posição de Marte e Saturno em Sagitário na Casa 7, dos inimigos. Estas posições sugerem um mandato com muita tensão política entre os partidos e com muitos inimigos do Estado português, que podem vir de fora. Por conseguinte, embora com popularidade, não se perspetiva que seja uma magistratura tranquila, livre de polémicas ou decisões difíceis.

Estas posições dos astros maléficos estão em linha com o mapa astrológico do 25 de Abril que aponta a tendência para Portugal colocar nas mãos dos seus inimigos as suas finanças, ficando refém dos mesmos. Ou seja, é normal que a temática do orçamento, da dívida e da União Europeia versus Constituição venha a ser importante nos diversos desafios desta Presidência.

A colocação de Mercúrio em Peixes, regente do mapa, bastante debilitado chama a atenção para alguma atrapalhação na gestão destas crises políticas e na própria coerência de comunicação.

Contudo, no geral, o mapa do evento ainda que bastante tenso e desafiante fazendo esperar uma magistratura de grandes desafios políticos não anula o potencial natal de Marcelo , com condições para superá-los.

Desejamos o melhor e que esta Presidência contribua realmente para uma melhor qualidade de vida dos portugueses.

Um abraço

João Medeiros

Lisboa, 9 de Março de 2016

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