Em artigos anteriores, introduzimos uma variante da astrologia que é a Astrologia Política.

No presente artigo, analisamos a importância de fatores como a combustão ou planetas menores em mapas horários de eleições, com o exemplo das últimas eleições legislativas em Portugal.

Tal como em 2015, apresentamos um caso horário sobre as legislativas para compreendermos o potencial da ferramenta da Astrologia Horária em casos de situações coletivas.

Este mapa é apresentado a posteriori, mas contém lições técnicas muito interessantes e bastante válidas que retratam os acontecimentos das eleições.


A questão foi colocada a 12 Agosto de 2019 pelas 18h:21m em Lisboa, por uma pessoa de Direita que perguntou ao astrólogo quem iria vencer ou como iriam decorrer as legislativas de 2019.

Na altura, as sondagens indicavam uma grande distância de quase 20 pontos entre PS e PSD, ou seja, que o PSD teria qualquer coisa como 20% – ou muito perto disso – e que o PS poderia ter margem para maioria absoluta. Tendo em conta este contexto e o respectivo mapa eis os significadores principais:

Marte sendo o regente da casa 10 –  que abre em Escorpião – governará o partido no poder, uma vez que esta é a casa da autoridade e do poder. Marte está na casa 8 no signo Leão que é um signo fixo. Está combusto e vazio de curso, ou seja, sem aspetar nenhum planeta até entrar em Virgem.

Os partidos da oposição, em geral, são representados pela casa oposta que é regida por Vénus, uma vez abre em Touro. Este astro está também num signo fixo mas no coração do Sol, aplicando-se ao mesmo e mais combusta ainda que o planeta Marte.

Marte está na casa 8 e Vénus está à entrada da casa 8 – entre a casa 7 e a 8.

Após isto, a Direita em particular – e em geral – é representada por Saturno em Capricórnio, uma vez que quem perguntou – o querente – é associado à casa 1, sendo fã da Direita e porque este astro é o governante universal das forças conservadoras e de Direita.

Neste mapa, a Esquerda é regida pelo signo oposto, Caranguejo, e talvez em particular a extrema-esquerda ou o comunismo, por oposição ao Ascendente. Aqui, a Esquerda é representada pela Lua em Capricórnio, o que quer dizer que temos um pequeno problema técnico, porque a Lua é também representante do povo, das eleições.

Quanto aos restantes planetas, Mercúrio não governa nenhuma casa principal nem secundária, portanto, não lhe poderemos atribuir grande importância a não ser representar alguns partidos menores.

A hipótese é Júpiter poder ser um segundo partido associado ao governo, pois é um segundo signo a partir da casa 10. Tendo em conta que está em Sagitário podia ser um dos outros dois partidos que apoiaram a Geringonça, como hipótese.

Em relação a Neptuno, este planeta pode representar também um partido menor tal como Plutão e Urano.

Sendo que no caso de Urano, existem condições para dizer que pode ser um representante do CDS, já que co-rege o segundo signo a partir da casa 1. Ou seja, a Casa 1 seria o principal partido de Direita, a segunda Casa seria o segundo signo de direita principal – neste caso CDS . Pelo mesmo raciocínio, a Lua poderia representar o PCP e o Sol eventualmente o Bloco de Esquerda, por ser o segundo partido de esquerda (embora aqui haja dúvidas se o BE já não é a terceira força política).[hr]

DIAGNÓSTICO

Tendo em conta estes indicadores qual seria o diagnóstico: que tudo ficaria igual em termos genéricos, ou seja, que o PS continuaria a ganhar sem maioria absoluta, por dois argumentos principais:

-por Marte estar fixo e sem nenhum aspecto até sair de signo;

-porque a Lua em termos clássicos está vazia de curso, não formando aspeto maior com nenhum planeta clássico até sair de signo.

Astros significativos vazios de curso e/ou em Signos Fixos são indicadores comuns de não haver alterações consideráveis, num contexto de pergunta horária, ou que tudo decorre como o esperado, sem grandes surpresas.

Este era o diagnóstico geral, que é confirmado porque o regente da oposição, em geral, que é Vénus está ainda pior do que Marte e, portanto,  a oposição não conseguiria constituir governo. Em particular, a mais radical e feminina, uma vez que temos Urano na casa 4 – cujo regente é Vénus – suspeita que pudesse representar precisamente Assunção Cristas. Nesse sentido, a Vénus combusta – a cabeça que rolou – foi a desta líder partidária.

Agora, o que é que espanta mais neste mapa? É a combustão, ou seja, o Sol queima Vénus e Marte, as duas forças principais. Mas o que isto pode querer dizer?

Significa precisamente que nenhum partido ganhou, ou seja, que os atores principais ficaram na sombra. E na sombra de quem? Não foram vistos, houve uma grande abstenção.

Neste caso, podemos interpretar a combustão como a invisibilidade dos partidos perante a opinião pública, estarem “queimados” perante a sociedade. E, nesse sentido, o mapa sugere que todos foram derrotados de certa forma.

Outra indicação, foi a de que o PSD teria muito melhor resultado do que se esperaria em Agosto – quando estava a 20 pontos de distância – pela razão de que Saturno está bem posicionado e, sobretudo, porque a Lua (que governa o povo) está no signo de Capricórnio – que é o signo do PSD.

Então embora tudo ficasse na mesma, haveria suspeita de que o PSD – representante principal da Direita – teria melhor pontuação do que se esperaria, mesmo que ficasse tudo genericamente muito parecido. Não teria uma capitulação.

Por último, a Lua aplica-se a um planeta menor que, neste caso, é Plutão em Capricórnio, que seria uma sugestão de haver aqui minorias radicais a ter assento no parlamento, algo que também aconteceu, como por exemplo o Iniciativa Liberal e o Chega. Plutão em Capricórnio estará mais ligado a extremismos de Direita do que de Esquerda.

É um mapa muito interessante e que retrata muitos dos acontecimentos que se deram nas legislativas.

Talvez daqui a 10 ou 20 anos, teremos comentários públicos na televisão sobre mapas horários e outros associados a eleições, o que seria um debate interessante.

Que o país consiga melhorar.

João Medeiros

Lisboa, 4 de Março de 2020

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