Qual o balanço do Verão? O que esperar do último trimestre de 2013, em termos astrológicos? Será que chegámos a uma fase de recuperação económica? Quais os trânsitos mais relevantes para os próximos meses? E quais os desafios, em termos individuais?
Neste artigo, abordamos questões como o clima, o ambiente económico, o contexto político e os desafios psicológicos para os últimos meses de 2013, em Portugal.
O Verão Quente de 2013
Seguramente ouviu falar das previsões do canal de meteorologia francês que apontavam para que Portugal e a Europa Ocidental tivessem neste ano o Verão mais frio desde 1816. Pela minha parte, pelo contrário, passei dos Verões mais quentes e agradáveis de que me recordo, em belas praias portuguesas. E a si, aconteceu-lhe o mesmo? Espero que sim!
Este exemplo ilustra o facto de que há muitos fenómenos que a “ciência moderna” desconhece. E que não faz sentido descredibilizar a Meteorologia porque erra os seus prognósticos; afinal de contas até acerta em períodos curtos de tempo. Ou a Economia, embora sejam raros os economistas a fazer previsões corretas a longo prazo. Estas disciplinas lidam com probabilidades e tendências numa complexa interação.
Mas se é assim, também não faz sentido desvalorizar a Astrologia só porque alguns dos seus praticantes têm uma abordagem simplista ou incorreta. Eu diria que um razoável astrólogo tem, mesmo assim, ferramentas mais poderosas para acertar o futuro do que um bom meteorologista ou economista.
Os astrólogos lidam com ciclos longos, baseiam-se em estudos milenares, e dispõem de um sistema espetacular de análise que integra os movimentos planetários. Desde sempre, a Astrologia servia para interpretar o tempo e as condições sociais.
Assim sendo, a Astrologia previu a crise governativa que ocorreu no Verão?
A crise governativa que tivemos em Julho de 2013 (quase fim do governo, demissão de Vítor Gaspar e intervenção do Presidente da República) coincidiu exatamente com o período de Mercúrio retrógrado. Em termos clássicos, estas fases associam-se a períodos de indecisões, problemas de comunicação e incerteza (exatamente o que aconteceu).
Na semana em que iniciou a crise, o planeta Júpiter saiu de Gémeos e entrou em Caranguejo, desencadeando a necessidade de políticas mais expansionistas em vez da austeridade. Foi este, aliás, o cerne da discórdia entre os dois partidos da coligação e da demissão do ministro das Finanças. Júpiter é o astro dos investimentos e gastos estando contido em Gémeos (exilado) e feliz em Caranguejo(Exaltação).
A crise em geral (ver artigo Portugal – Depressão, Manifestação ou Revolução) é o reflexo de um período grande de limpeza interior (conjunção de Plutão ao Fundo-do-Céu do mapa original de Portugal) que dura de 2011 a 2013 e que coincide também com a crise internacional.
Portanto, os acontecimentos políticos do Verão de 2013 estão em linha com os trânsitos astrológicos (ver também artigo na edição nº 4 do jornal 4 Estações), sendo previsíveis na essência embora mais dificilmente na sua forma (ver também artigo O Novo Governo, em que falámos da relativa estabilidade deste governo apesar do ciclo difícil no qual nasceu).
E o que dizer em relação ao clima, em 2013?
Em relação ao ramo astro-meteorológico, não sendo um especialista tão atento, atrevo-me por divertimento e curiosidade, a fazer as minhas considerações.
Dizia a um amigo meu, em Maio, “tivemos um Inverno pavoroso de frio e chuvoso este ano; de certeza que isto tem a ver com o Saturno em Escorpião, uma vez que é o planeta frio no signo da Tempestade. Quando fez conjunção ao Sol, deu-se a tempestade Sandy, por exemplo. Júpiter (astro quente) exilado está mais fraco, favorecendo ainda mais o frio”.
E ele perguntou-me “e o que esperas para o Verão?”. E respondi: “Bom, Escorpião é um signo de extremos, regido por Marte. Portanto, acho que o mais provável é termos um Verão de 2013 muito quente, com variações extremas, e possibilidade de incêndios. Ainda por cima, no final de Junho, Júpiter entra em Caranguejo, signo de Verão, onde está super-favorecido fazendo trígono a Saturno. Isto tanto vai favorecer o tempo bom como a economia a espevitar”. (análise astro-económica divulgada no fim de 2012 no artigo Visão Astrológica de 2013).”
E o que esperar agora deste Outono, em termos climáticos?
Eu diria que um tempo normal para a época e bom, particularmente até meio de Outubro (quadratura entre Sol e Júpiter, astros quentes, sem interferência de Saturno). Mercúrio retrógrado no fim de Outubro, indica alterações térmicas ou atmosféricas nessa época, mas que não tem que ser para frio, pode ser chuva e algum calor.
De 3 a 6 de Novembro, temos uma tripla conjunção de Saturno, Sol e Lua (um eclipse) e, portanto, acho muito provável que a partir desta semana o frio e a chuva apareçam em grande força. Mercúrio a virar direto em 10 de Novembro, também favorece aqui a normalidade da estação. Júpiter a virar retrógrado a 7 de Novembro, em princípio, também contribui para este efeito mais frio.
À partida, Dezembro não será tão frio como o do ano anterior (2012) uma vez que Júpiter está bem mais fortalecido agora e fazendo um excelente trígono a Saturno. Esta configuração é muito favorável ao andamento dos negócios e da economia mundial, ajudando à recuperação económica de Portugal (com sinais “surpreendentemente” positivos, desde os primeiros trígonos no meio do ano).
O planeta Marte (astro muito quente) estará em Outubro e Novembro sempre em signos de Verão (Leão e Virgem) o que irá proteger o clima ameno, em princípio. A partir de dia 7 de Dezembro, entra em Balança (signo de Outono), onde ele está mais fraco – o que pode manifestar-se, por exemplo, como mais vento (mas pouco incomodativo).
Com os dois astros sociais (Júpiter e Saturno) em signos de Água (Escorpião e Caranguejo) poderemos esperar mais humidade e calor (chuva e temperatura normal para época ou um pouquinho mais quente), uma vez que a posição de Júpiter é mais forte, sugerindo um clima fértil tanto em termos agrícolas como sociais.
Mas se estas são as condições gerais quais, então, os propósitos pessoais?
Em termos individuais, Saturno em Escorpião continua a pedir-nos sinceridade e assertividade nas nossas relações pessoais, bem como coragem nas decisões profissionais (ver artigo Saturno em Escorpião).
Ajuda-nos a ganhar intimidade com os outros e um compromisso mais verdadeiro com o nosso propósito de vida. Para isso, temos que saber o que deixar para trás e cortar o que já não interessa. Por exemplo, projetos profissionais que já percebemos que não nos dão resultados nem paixão.
Júpiter em Caranguejo impulsiona a nossa capacidade de expressar afetos, de acreditarmos no melhor, e de sermos mais criativos, em todas as esferas da vida. Sem stress, uma vez que este é um signo de relaxamento e de bem-estar.
Uma das manifestações deste efeito criativo é patente nos cartazes eleitorais da campanha autárquica, com o elemento feminino muito mais presente e, por vezes, até de forma algo caricata.
As pessoas com muita energia de Água, em particular, Peixes e Caranguejo terão melhores condições do que as outras, à partida, durante este último trimestre, para que a sua vida avance na medida do que pretendem. Portanto, a todos, força!
Que eclipses teremos até ao fim de 2013?
Os eclipses irão verificar-se em signos de Marte: a 18 de Outubro dá-se o eclipse da Lua em Carneiro e a 3 de Novembro, o eclipse do Sol, em Escorpião (já referido).
É-nos pedido, efetivamente, que sejamos dinâmicos, sinceros e bravos no nosso caminho, como verdadeiros guerreiros. Sabendo dizer que “não” e conquistar o nosso território de auto-confiança.
Por exemplo, praticar mais desporto, seria importante para aproveitar esta predisposição energética. Lutar por melhores condições financeiras também, uma vez que este astro está também associado à negociação e a finanças.
Em síntese e globalmente, o que podemos esperar destes últimos meses?
Eu diria que a expectativa climatérica é relativamente agradável (com as tais variações súbitas de temperatura, embora não tão frio como o fim de 2012/ início de 2013, e algo húmido/ chuvoso) e que existem também condições para uma relativa recuperação económica e social (os melhores ventos desde 2006).
Posto isto, e olhando para o panorama pré-eleitoral, é relativamente óbvio que será difícil para o Partido Socialista – a oposição ao governo – ter um resultado excelente nas eleições do fim de Setembro. Poderá ficar aquém das suas expectativas, perdendo a oportunidade de obter um resultado histórico (ainda que vitorioso em absoluto), dadas as circunstâncias excepcionais de desgaste governativo.
Devemos lembrar-nos, contudo, que a recuperação económica embora animadora não significa uma expansão e libertação absoluta do cenário de crise financeira mundial. O contexto é ainda turbulento, devido à quadratura de Urano e Plutão, mais ativa em Novembro e fim de Outubro (a crise financeira mundial), e com duração até 2015.
A esta quadratura, junta-se também o efeito civilizacional (o pós-2012) de Régulus em Virgem, que iniciou uma era de mais humildade no exercício do poder pessoal e social (ver artigos Régulus em Virgem e o Papa Francisco).
Ainda assim, é claro que temos finalmente razões para sorrir!
Um abraço e que tenha um excelente regresso de férias!
João Medeiros
Se quiser ter uma visão mais ampla sobre o contexto de Portugal sugerimos a
Palestra: O DESTINO DE PORTUGAL – À LUZ DA ASTROLOGIA
ou os artigos citados ao longo o texto.
Comentários recentes